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Após assembleia, professores de São Paulo decidem manter greve

Postado por Sindicato em 26 de março de 2015

Em greve desde a última sexta-feira (13), professores da rede estadual de ensino de São Paulo realizaram uma nova assembleia no dia 20, no vão livre do Museu de Artes de São Paulo (MASP), para decidir os rumos da paralisação. Levantamento feito pela Apeoesp (Sindicato dos professores de São Paulo), revela que cerca de 60% dos professores da rede estadual pública já aderiram à greve que atinge há uma semana a capital e cidades do interior como Ribeirão Preto, Sorocaba, São Carlos, Araraquara, entre outras.

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“A greve continua crescendo, apesar da pressão dos diretores”, afirmou Francisca Pereira da Rocha Seixas, Secretária de Assuntos Educacionais e Culturais da Apeoesp. Na última terça-feira (17), representantes do estado se reuniram com entidades do setor para discutir a paralisação, sem a presença do sindicato da categoria. Para Francisca Pereira essa atitude é reflexo da postura intransigente do governo Alckmin. “É aquela velha história que já conhecemos. É o autoritarismo do governador que não reconhece setores importantes da sociedade, como a educação”, diz a sindicalista.

A próxima assembleia será no mesmo local, na sexta-feira (27). Também está previsto um ato nacional de professores contra os cortes de recursos públicos, sobretudo federais, para o setor, na véspera, quinta-feira (26).

Condições de trabalho

Entre as reivindicações da categoria estão o fim da superlotação nas salas de aulas, abertura de novas salas, que teriam no máximo 25 alunos, aplicação da jornada da Lei Nacional do Piso, que prevê um terço da jornada cumprido fora da sala de aula, e melhores condições de trabalho.

Francisca revela que as reivindicações estão atreladas à melhores condições de trabalho. “Há uma desvalorização muito grande por parte do governo do estado, que envolve baixos salários, longas jornadas de trabalho e falta de equipamento, porque o governo estadual cortou verba até do material usado nas unidades escolares. O educador não dá conta”, desabafou a cetebista.

Os docentes também cobram o aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior, rumo ao piso do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística para Estudos Socioeconômicos), com jornada de 20 horas semanais de trabalho.

Caso nada seja apresentado por parte do governo, a greve seguirá por tempo indeterminado. Os docentes já construíram um calendário de atividades para os próximos dias com atos, vigílias, manifestações e comandos de greve.

FONTE: Portal CTB com agências
 
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