Edição março | 2017
CAMPANHA SALARIAL DO SETOR FARMACÊUTICO INDUSTRIAL
O Seminário de Negociação Coletiva marcou o início da campanha salarial do setor industrial farmacêutico para o período 2017-2018. O evento foi realizado em fevereiro, na Colônia de Férias da Fequimfar, em Praia Grande, litoral de SP.
Após a apresentação de dados, estatísticas, palestras e debates sobre a indústria farmacêutica, os dirigentes sindicais definiram a pré-pauta de reivindicações do setor.

De volta à base, o sindicato levou as proposta da pré-pauta para o conhecimento dos trabalhadores da categoria e, no dia 9 de março ela foi entregue ao Sindusfarma, que é o sindicato patronal.
Para o presidente do Sindicato Fabrício Cardoso Cangussu, o setor farmacêutico está atravessando por uma boa fase diante do cenário nacional, fato que pode tornar a negociação positiva para a categoria. “O setor industrial farmacêutico passa por um bom momento e estamos empenhados para conquistar reajuste salarial com aumento real, PLR e a manutenção das cláusulas sociais”, afirmou Fabrício.
Nos dias 28 e 30 de março acontecem as rodadas de negociação entre a Fequimfar e o Sindusfarma que devem definir os reajustes salariais e a manutenção da Convenção Coletiva.
A data base da categoria é 1º de abril.
Principais destaques da pauta de reivindicações
- Reposição da Inflação
- 3% de aumento real
- PLR: 2 Pisos Normativos
- Trabalho Decente
- Saúde e Segurança
- Igualdade de Oportunidade
- Qualificação Profissional
TRABALHADORES DA MAP E DA POLIFRASCO RECUSAM PARCELAMENTO DA PLR
Após denúncias, o Sindicato realizou uma assembleia com os trabalhadores da MAP e da Polifrasco, empresas de Santa Bárbara D’Oeste que pertencem ao mesmo grupo, devido ao atraso no pagamento dos salários ocorrido nos últimos meses e também a falta de pagamento da PLR – Participação nos Lucros e Resultados.

As empresas fizeram a proposta de pagar a segunda parcela da PLR de 2015 e a de 2016 (integral), em 12 vezes, a partir de abril deste ano.
O Sindicato defende que os valores da PLR sejam pagos em duas vezes, como determina a Convenção Coletiva de Trabalho e que a multa por atraso nos salários seja mantida. Já os trabalhadores rejeitaram a oferta das empresas e aguardam nova proposta do grupo.
O VOTO, O GOVERNO E O POVO MAL REPRESENTADO
O voto é a ligação entre o cidadão e o governo, para que os políticos eleitos defendam os interesses populares, sociais, além é claro, de fiscalizar os atos dos governantes. Porém, nas últimas eleições (2014), não elegemos os que poderiam ser nossos melhores representantes.
Dos 513 deputados eleitos, 190 são empresários e 139 são ruralistas, ou seja, 64% dos deputados eleitos representam os interesses dos patrões. Sim, eles são os patrões.
Dos 513 deputados que elegemos, 248 declararam possuir mais de 1 milhão de reais de patrimônio. Encabeçando a lista dos milionários estão 39 deputados do PMDB e 32 do PSDB, que representam 35% dos nobres afortunados.
Dos 513 deputados que deveriam nos representar apenas 20% são pretos e pardos (mesmo representando 54% da população) e menos de 10% são mulheres.
Aí está o poder do voto.
Estes são os legisladores que congelaram por 20 anos os investimentos em saúde e educação. São eles que querem acabar com os direitos dos trabalhadores que estão garantidos na CLT. São eles também que querem acabar com a aposentadoria pois, com a reforma da Previdência, vai ficar, praticamente, impossível se aposentar.
Elegemos políticos para representar a população branca, rica e dominada por pessoas do sexo masculino.
Nesta legislatura da Câmara dos Deputados não existe equilíbrio. Os interesses são evidentes e extremamente conservadores. Eles dizem que vão acabar com a crise, mas estão acabando com a democracia e com os direitos da população. Os verdadeiros representantes do povo, infelizmente, não têm força porque são a minoria.
Em 2018 acontecem novas eleições. É bom refletir um pouco.
Fonte dos dados: http://congressoemfoco.uol.com.br/
PEC 287 É UM DURO GOLPE CONTRA OS TRABALHADORES
Os trabalhadores brasileiros estão prestes a receber o que pode ser considerado o maior golpe de todos os tempos promovido por um governo ilegítimo e que defende somente os interesses da classe dominante.
Desde que assumiu a presidência, Michel Temer vem implantando medidas que demonstram a intenção de entregar à iniciativa privada, tudo o que é fonte de receita para o país. Ele congelou os investimentos em educação e saúde (PEC 241) por vinte anos. Entregou o petróleo do Pré-sal ao capital estrangeiro. Propôs a Reforma Trabalhista a qual só traz vantagens para os patrões e acaba com direitos adquiridos dos trabalhadores como férias integrais, décimo terceiro salário e PLR, flexibiliza totalmente a carga horária permitindo trabalho de 12 horas diárias e banco de horas, ou seja, trabalha para receber em descanso e não em dinheiro. Todas estas e outras medidas que protagonizam a reforma trabalhista de Temer farão com que prevaleça a relação do mais forte sobre o mais fraco, ou melhor, do patrão sobre o empregado.
Não bastasse a Trabalhista, ele quer a Reforma da Previdência. Conhecido como PEC 287, o Projeto de Emenda Constitucional traz uma série de modificações nas leis que vão acabar com a aposentadoria no país.
Idade mínima de 65 anos para homens e mulheres e 49 anos de contribuição para aposentadoria integral são as medidas de maior impacto para os trabalhadores. Mas não para por aí. Confira no infográfico ao lado os principais pontos do golpe na Previdência.
Seguridade Social: Déficit ou Superavit?
Quando se fala em déficit da Previdência o governo quer dizer que o valor arrecadado é menor do que o valor gasto com as aposentadorias e pensões. Quando o governo mostra essa conta, ele tem a intenção de colocar a opinião do povo contra a Previdência Social, tentando passar a imagem de que é uma instituição falida e que não dá conta de bancar as aposentadorias para, futuramente, levar à privatização do setor.
Veja ao lado como o governo deveria fazer essa conta e entenda porque a Seguridade Social, que compreende a Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde, arrecada mais do que gasta e tem saldo positivo em caixa ou seja, tem dinheiro sobrando. Ou, pelo menos, deveria ter.
Veja, em dois cenários diferentes, como fica a situação dos trabalhadores se a PEC 287 for aprovada
Cenário 1
Uma mulher que hoje tem 30 anos de idade e 10 anos de contribuição em regime CLT, na regra atual, poderia se aposentar com benefícios integrais aos 53. Se a PEC 287 for aprovada, ela terá que trabalhar até os 69. Para obter a aposentadoria proporcional, essa mulher, que poderia se aposentar aos 50 hoje, terá que trabalhar até os 65.
Cenário 2
Um homem, com 44 anos de idade e 24 de contribuição em regime CLT, que hoje se aposentaria aos 50, só vai conseguir o benefício proporcional aos 65. Para receber a aposentadoria integral, terá que esperar até os 69 anos com a reforma. Pelas regras atuais ele se aposentaria aos 53.
SINDICATO CELEBRA PARCERIA COM SEDE NÁUTICA DO RIO BRANCO E TRAZ OPÇÕES DE LAZER
O presidente do Sindicato Fabrício Cardoso Cangussu e o presidente do Rio Branco Esporte Clube, Valdir Ribeiro da Silva, assinaram o contrato de parceria no qual o clube oferece 20% de desconto nas mensalidades para os trabalhadores sócios do Sindicato.
Instalada numa área de 84 mil metros quadrados que fica próxima à Praia dos Namorados em Americana, a Sede Náutica do Rio Branco possui uma grande estrutura que conta com piscinas para adultos e crianças, toboaguas e espelho d’água, sauna, academia de musculação, quiosques, churrasqueiras, quadra de tênis e vários minicampos de futebol. O clube ainda oferece escolinha de futebol, aulas de funcional, Zumba e Muay Thai.

Para Fabrício, essa parceria tem a intenção de proporcionar mais lazer aos trabalhadores. “Com o desconto de 20% no valor da mensalidade, o companheiro da categoria pode desfrutar da estrutura do clube juntamente com sua família, pois a mensalidade fica com o valor bem acessível”, disse Fabrício.
Para se tornar sócio do Rio Branco é necessário comparecer à secretaria do clube, que fica na Estrada Municipal, 555, de 3ª à 6ª feira, das 9 às 18 horas, levando cópias dos documentos (veja ao lado).
Mais informações através da secretaria do clube pelo telefone 3465-3034 ou pelo e-mail contato@quimicosamericana.org.br
AÇÃO NA JUSTIÇA GARANTE ADICIONAL DE PERICULOSIDADE NA TAYUYNA
O Sindicato moveu uma ação coletiva na Justiça do Trabalho contra o Laboratório Tayuyna, de Nova Odessa, requerendo o pagamento de adicional de periculosidade. O processo rendeu aos trabalhadores envolvidos mais de R$ 200 mil, que já estão sendo pagos.
A ação teve início em 2008 e, após realização de perícia, foi constatado que mais de 40 trabalhadores eram expostos a trabalhos e substâncias perigosas. Em seguida o Sindicato afirmou em petição que os trabalhadores teriam direito de receber o valor superior a R$ 1 milhão e o Laboratório Tayuyna, não aceitando, realizou depósito judicial de pouco mais de duzentos mil reais.
É possível o recebimento desta diferença pois ela ainda se encontra em discussão na Justiça do Trabalho.
Mais uma luta do Sindicato que garantiu os direitos dos trabalhadores.
LABORATÓRIO CSL ASSINA TAC NO MINISTÉRIO PÚBLICO

A CSL Laboratório Ambiental, de Americana, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC em audiência realizada no Ministério Público do Trabalho da 15ª Região, em Campinas. No documento, a CSL assumiu o compromisso de respeitar o direito de greve de seus funcionários.
No início de 2016 houve uma greve na CSL devido ao atraso nos pagamentos de PLR, décimo terceiro salário e depósitos de FGTS. Após várias tentativas (frustradas) de negociação do Sindicato com a CSL, os trabalhadores resolveram paralisar suas atividades até que a situação fosse resolvida. Após o início da greve a diretoria da empresa passou a assediar os trabalhadores afim de que não participassem da paralisação. O assédio foi informado ao Sindicato que, por sua vez, levou o caso ao conhecimento do Ministério Público do Trabalho. A empresa não assumiu o assédio à época, mas assinou o TAC se comprometendo em respeitar o direito de greve, caso volte a ocorrer. Em caso de descumprimento, a empresa deverá pagar multa de R$ 4 mil por trabalhador.